O Poder da Resiliência na Educação

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Estimadas famílias,
 
O Instituto Santa Luzia implementou a disciplina Projeto de Vida na sua grade curricular, da Educação Infantil ao Ensino Médio, alinhado a BNCC, pois entende ser fundamental o desenvolvimento do autoconhecimento, inteligência emocional e escolhas profissionais como papel transformador do sujeito em formação. A disciplina conta com material de apoio da metodologia OPEE- Orientação Profissional, Empregabilidade e Empreendedorismo, visando um trabalho de educação com foco na construção de projetos de vida, sustentado em eixos fundamentais para a formação humana. O ser humano desse novo mundo precisa ser honesto e integrado à sua realidade, mas, também, capaz de empreender com ética, proatividade e inteligência social.

Como sugestão de leitura para nossa comunidade educativa, separamos um texto de Francisco Costa, em que fala sobre a metodologia e nos traz importantes reflexões:
 
 
O Poder da Resiliência na Educação
 
Segundo o dicionário Aurélio, resiliência é:
  • Propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação. 2. Capacidade de superar e de se recuperar de adversidades.
Geralmente, definimos a resiliência como uma habilidade de suportar a pressão e voltar ao estado original, aliás este é um conceito emprestado da Física e da Engenharia e foi o cientista inglês Thomas Young (1807) que nos ensinou que ser resiliente é ser flexível.

Para entendermos qualquer conceito, é importante recorrermos à etimologia da palavra: neste caso, silie significa saltarimpulsionado para. Já a sílaba re, significa novamente, por exemplo: re-encontro. É interessante que a partir desta análise, entendemos que a resiliência nos inspira a ter propósitos claros e, diante das adversidades, procurar alternativas, uma vez que a palavra nos convida a ir ao encontro de alguma coisa, quantas vezes for necessário.

Ao longo da história, o conceito de resiliência dentro do universo corporativo foi passando por algumas mudanças, características e abordagens. Hoje ele está na 3ª Geração:

1ª. Capacidade de sofrer pressão (ser passivo)

2ª.  Capacidade de superar (ser passivo)

3ª.  Capacidade de transformação (ser ativo)

Ou seja, no mundo atual, ser resiliente é não somente superar as dificuldades, mas ser capaz de transformá-las em oportunidade. Para tal, esta habilidade precisa estar relacionada a outras habilidades que são fundamentais para construirmos um cidadão com potencial transformador.

Ao olharmos para a BNCC, nos deparamos com a Competência 10: Responsabilidade e Cidadania. Esta competência está relacionada ao agir pessoal e coletivo, com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base nos conhecimentos construídos na escola, segundo os princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Enxergando mais de perto o conceito de resiliência, podemos perceber que ela sempre esteve relacionada à educação. Pois todo processo de aprendizagem pressupõe flexibilidade e resiliência para adaptar-se às novas demandas da sociedade.

Se meses atrás discutíamos como implementar a BNCC na prática, pois achava-se que esta estava distante, hoje as mesmas discussões são de caráter imperativo, e a resiliência ganha um papel fundamental neste cenário.

No livro Como ensinar Bem, o autor da metodologia OPEE, afirma que: “o ser humano tem grande capacidade de resiliência. Como educadores, podemos fazer muito para ajudar os alunos a perceberem que eles são os maiores responsáveis pela própria felicidade e que devem se colocar como protagonistas das suas vidas. Nosso desafio é justamente ajudá-los a serem ativos e responsáveis pelo próprio destino” (Leo Fraiman).

Assim como as pedras preciosas são lapidadas pelo fogo, a educação é lapidada pela resiliência. Desenvolvemos essa habilidade dentro de um processo de aprendizagem contínuo e o primeiro passo é a autoconsciência, pois sem ela somos incapazes de usar com sabedoria o nosso “leme interno”, conforme nos ensina Daniel Goleman no livro Foco. Ou seja, é a partir do autoconhecimento que conseguimos compreender a nossa responsabilidade diante da realidade e as nossas forças internas que nos tornam capazes de superá-la e transformá-la.

Concluímos, então, que resiliência é ser capaz de transformar as adversidades em um Projeto de Vida com atitude empreendedora.  Quando pensamos em nossas escolas, resiliência não é uma competência a ser desenvolvida apenas em nossos estudantes, ela deve estar presente dentro da cultura organizacional da instituição. A resiliência, hoje, faz parte do todo.

Abaixo seguem relacionadas sete dicas que podem ajudar no processo de aquisição desta habilidade:

– Seja mais assertivo (a), protagonista da sua vida, fuja do vitimismo;
– Esteja aberto (a) para aprender com todas as situações;
– O autoconhecimento é o primeiro passo, confie em si mesmo(a) e utilize as suas forças;
– Desenvolva a atitude positiva perante a vida;
– Seja otimista, sem perder o foco na realidade;
– Sinta-se mais conectado, ninguém vive sozinho, mesmo estando separados, podemos estar unidos, mesmo passando por situações difíceis, jamais deixe de colaborar;
– Viva com propósito! Como?  Definindo com clareza os seus sonhos e objetivos; buscando um sentido para a sua vida e exercitando a gratidão por tudo que já foi alcançado.

Pensar

Sentir

AGIR e não Desistir!

 

COSTA, Francisco. O poder da Resiliência na Educação. Fonte:

https://capacitaopee.com.br

 

 

Coordenação Pedagógica

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